domingo, 12 de abril de 2009

Pearl Jam - Ten (Reedição Super Deluxe Edition Box)


Já se passaram 17 anos.
Ouvir, "Ten" dos Pearl Jam, hoje, é um exercício de nostalgia, do "boom" do rock no início dos anos 90, a excelência de grandes discos lançados nessa altura, as rádios sem playlists formatadas, os programas de autor gravados em cassetes de 90 minutos, a rádio energia, a super fm, o lança-chamas, o rock e o metal na ordem do dia... Saudades...
Tudo isso já lá vai, o Grunge acabou em 94, com a morte do ícone Cobain, resta-nos a memória e os registos discográficos.
Os Pearl Jam sobreviveram, afastaram-se das luzes da ribalta, continuaram fiéis a si próprios, mantendo assim um culto e devoção por parte da uma legião de fãs, sem paralelo em qualquer outra banda rock da actualidade.
A história começou em 1992, com a edição de "Ten", hoje um disco com estatuto clássico, mais que merecido, ou não fosse este um álbum recheado de hinos: "Even Flow"; "Black"; "Jeremy"; "Once"; "Oceans" ou aquela que é, provavelmente, a melhor canção da banda, "Alive".
Nesta reedição, além do disco produzido por Rick Parashar, contamos com uma nova remistura, a cargo de Brendan O'Brien, um pouco mais crua que o original e com seis inéditos, outtakes das sessões de gravação.
Um dos pontos altos desta edição, é o dvd que contém o único MTV Unplugged gravado pela banda. Um concerto acústico completamente "eléctrico", onde o único senão é a não inclusão do tema "Rockin'in the Free World".
A tudo isto, junta-se também as edições em vinil da edição original e da versão remisturada do álbum e de um duplo vinil contendo o mítico concerto "Drop in the Park" de 92 (onde também temos um código para o download gratuito deste concerto em Mp3).
Para além do "bloco de notas" de Eddie Vedder e Jeff Ament, temos também aquele que é o verdadeiro bombom para os fãs, a réplica da K7 contendo as primeiras versões de "Alive", "Once" e "Footsteps".
Apesar do preço, esta caixa é um "must" para qualquer aficionado da banda de Seattle.
O "Ten" merecia uma edição destas.

State of Love and Trust

terça-feira, 7 de abril de 2009

Xutos & Pontapés - Xutos & Pontapés


Primeiro ponto: Este é o disco menos directo e imediato dos Xutos & Pontapés.
São necessárias várias audições para o disco crescer, descobrirem-se pormenores e assimilarem-se melodias.
Segundo ponto: Como já cantavam em 92, "O que foi não volta a ser" e quem esperava um total retorno à rebeldia dos anos 80, desengane-se. As pessoas estão diferentes, já não são os mesmos miúdos de à trinta anos atrás e as perspectivas são outras. O Tim diz isso mesmo n'"O Falcão": "Acho que já fui como tu, um puto inquieto e cheio de fome".
O que temos aqui, então,é um cruzamento dos Xutos de antes com o Xutos de agora, ou seja, está cá o inconformismo, a raiva e a contestação dos primórdios, lado a lado com o som mais pop e baladeiro do presente.
Os teclados, têm aqui, como nunca tiveram no som dos Xutos, uma grande predominância, a que não será alheio o facto de não haver em nenhum disco da banda com tantos temas lentos como este.
Hinos, também os há, como em qualquer disco da banda: As músicas mais rockeiras e punk, à Xutos,"Tetris Anónimus", o já conhecido "Quem é Quem", "Sem Eira Nem Beira" e "Classe de 79", vão resultar em grandes momentos ao vivo.
Outros temas a merecer destaque, as baladas "O Santo e a Senha", "Perfeito Vazio" e esse grande tema que dá pelo nome de "O Falcão", talvez o momento alto do disco, uma música em crescendo, com um grande solo do João Cabeleira.
Outro momento grande, é "O Sangue da Cidade", escrito pelo Gui, com o convidado Pacman a declamar um excelente texto do Tim, uma música como nunca tinham feito (devo confessar, este tema está a pedir a voz do Adolfo Luxúria Canibal, creio que ganhava outra projecção).
Finalmente, voltaram as grandes letras, inconformadas, contestatárias e críticas da sociedade em que vivemos, os temas como só os Xutos sabem cantar. Bem-vindos!
Pessoalmente, considero-o um óptimo disco,superior ao anterior, "O Mundo ao Contrário",sendo que, este "Xutos & Pontapés" agradará à maioria dos fãs.
Falta só passar no teste do tempo para se saber se se tornará clássico...
No presente, está a soar muito bem, falta apenas ouvi-lo ao vivo...

domingo, 5 de abril de 2009

Metallica - Rock'n'Roll Hall of Fame: volta Jason!


Por excelente que o Robert Trujillo seja, Jason Newsted é o "Baixista" dos Metallica.
Master, Creeping Death e outras não têm o mesmo poder sem a sua voz.
Bring Jason back!




quinta-feira, 2 de abril de 2009

UHF - Absolutamente ao vivo


Finalmente!
Sucessivamente adiado, já se encontra disponível o muito aguardado DVD e duplo Cd "Absolutamente ao Vivo", gravado em Setembro de 2006, no Coliseu dos Recreios, Lisboa.
Antes demais, é com imensa pena que vejo retirados do alinhamento dois dos temas que mais gosto da banda, "Geraldine" e "Devo Eu" (este último por motivos alheios à banda).
O visionamento do filme, permite, facilmente perceber, que esta foi uma autêntica celebração, uma banda em grande forma, com o melhor line-up desde a formação original, debitando puro rock'n'roll, na sua forma mais básica: voz, guitarras, baixo e bateria. É destes UHF que eu gosto!
UHF é Rock!
Assim sendo, os clássicos ganham uma força extra, irrepreensivelmente interpretados, com um som mais rude, devendo-se também, ao facto dos temas serem tocados sem os teclados, acabando por as músicas se tornarem mais "agressivas" ("Brincar no Fogo" por exemplo).
Com uma excelente realização, um grande som, temos aqui uma das melhores captações de concertos já editados em Portugal, onde o conjunto final, só peca pela escassez dos extras (faz falta um documentário).
Dos temas, destaco a interpretação magistral das sequências "Noites Lisboetas"-"Brincar no Fogo", "Rapaz Caleidoscópio"-"Rua do Carmo",a versão acústica de "Nove Anos", "Sonhos na Estrada de Sintra", com um António Côrte-Real fabuloso e os três temas do encore final.
30 anos depois, os UHF aí estão para durar e esta é a uma prova disso, se tal fosse necessário.
A ver e a rever.