Tara Perdida ao vivo no Cinema Batalha, Porto

Os Tara Perdida assinaram ontem, no Cinema Batalha, uma actuação irrepreensível e expolsiva, uma autêntica celebração para ficar na memória de todos os presentes.
Verdadeira instituição do punk nacional, acompanhados por uma verdadeira legião de seguidores, o actual estatuto que possuem, só surpreende quem não tem acompanhado a carreira da banda, feita à custa de muito trabalho, dedicação e o acreditar, sem se desviarem dos seus ideais (esqueçam esses ímpetos, clichés gastos de "vendidos". Qualquer banda ambiciona o que estes senhores já conseguiram, quem é que quer estar continuamente a tocar prós amigos, quem não ambiciona tocar em salas míticas, esgotadas? Deixem-se de hipocrisias... E de vendidos, até os Clash já foram chamados...)
Baseando a actuação no último álbum "Nada a Esconder" (que continuo a dizer, que apesar de não ser o melhor da sua discografia, é um grande disco), os Tara tocaram muitos dos clássicos, deixando alguns óbvios de fora ("Tara Perdida" e "Mundo Canibal" os mais notados), surpreenderam com um pequeno set acústico, contando para isso com os préstimos de um teclista convidado, Rui Almeida,num momento arriscado, mas uma aposta totalmente ganha. Brilhante a versão de "Pernas P'ró ar".
O final foi novamente eléctrico, finalizando com o apoteótico "Nasci Hoje", a pôr toda a gente aos saltos e a cantar em uníssono.
Grande a partilha de energia entre o palco e a plateia, notando-se entre o público várias gerações, aqueles que acompanham a banda desde o seu ínicio e aqueles que só os conheceram com estes discos mais recentes.
Parabéns à banda, a atravessar um grande momento de forma, e á organização pela excelente noite.
Esperemos que daqui saia um grande disco ao vivo (duplo, com o alinhamento na sua totalidade, sem cortes), prá malta recordar esta grande festa (pelo que me apercebi, o concerto foi gravado), algo que já faz falta na discografia da banda.

Alinhamento:
1. Cidade (Insanidade)
2. 30 Dias
3. Podia Ser Dr.
4. Quanto Mais Eu Grito
5. Feia
6. Não Ter Ideias
7. Sentimento Ingénuo
8. Realidade (Não Sou de Ninguém)
9. O Nome da Sombra
10. Batata Frita
11. Zombies
12. Parar Para Pensar
13. Lambe Botas
14. Memórias (Não Há Nada a Fazer)
15. 3 de Maio
16. Acreditar (Força de Libertação)
17. Vida É Só Uma (Esta e Mais Nenhuma)
18. Jogar de Novo e Arriscar
19. Até M'Embebedar
20. Olá Sou Eu (Ainda Te Lembras de Mim) - acústico
21. Patrícia (Melhores Dias Te Esperam) - acústico
22. De Pernas P'ró Ar - acústico
23. Fizeram-se Amigos
24. Desalinhado
25. Nasci Hoje










Fotos: Ferreira e Atomainos

Peste & Sida ao vivo no Porto-Rio

Foi ontem, no Porto-Rio, que os Peste & Sida deram mais um excelente concerto, inserido na tour "20 anos de Veneno e Portem-se Bem!".
Clima de festa, com um final apoteótico e a demonstração de uma banda em grande forma.
Venham mais vinte!
Alinhamento:
1. História de Loucos
2. Carraspana
3. Paulinha
4. Furo na Cabeça
5. Família em Stress
6. Alerta Geral
7. Sol da Caparica
8. Acredita
9. Bule Bule
10.Cai no Real
11.Bebe Vinho
12.Revolução Rock
13.Gingão/Reggae Sida
Encore
14.Veneno/Portem-se Bem/Chuta Cavalo/Vamos ao Trabalho
15.Orgia Paroquial
16.Está na Tua Mão
17.Chegámos ao Fim







Fotos: Ferreira e Atomainos

CineMuerte ao vivo na Fnac de Matosinhos

Belíssimo showcase acústico de apresentação do novo álbum "Aurora Core", realçando-se a vertente melódica das composições e destacando-se, obviamente, a excelente voz e presença da Sophia Vieira.
Muito bom o resultado, pena o concerto ter sido curto...

Setlist:
A Taper Light
The Call
Dave
I Am A Fool But I Love You
Slightly Mad
The House of the Past
Air



Fotos: Ferreira

Peste & Sida ao vivo em Tondela

Mais um grande concerto desta instituição do punk-rock nacional, sábado passado em Tondela.
Os Peste fizeram a festa, num concerto em que foram tocados temas de toda a sua discografia (seis álbuns e dois máxis), com especial incidência nos clássicos "Veneno" e "Portem-se Bem", que servem de mote a esta tour, a celebração dos vinte anos desses discos (para quando a reedição desses dois álbuns fundamentais na história do rock cantado em português?).
Força Almendra, Sanpayo e companhia, vocês fazem falta, precisamos de alguém que nos faça cair no real, continuem a passar a mensagem.
Parabéns!

Setlist:
1. História de Loucos
2. Carraspana
3. Paulinha
4. Furo na Cabeça
5. Família em Stress
6. Alerta Geral
7. Sol da Caparica
8. Acredita
9. Bule Bule
10.Funky Riot
11.Cai no Real
12.Revolução Rock
13.Gingão/Reggae Sida
Encore
14.Orgia Paroquial
15.Está na Tua Mão
16.Veneno/Portem-se Bem/Chuta Cavalo/Vamos ao Trabalho








Fotos: Ferreira e Atomainos

Switchtense - "Confrontation Of Souls"

Puta que pariu!
Foda-se, que petardo, que agressão. Como é que uma pequena rodela, consegue abanar aqui as fundações do prédio?
Esta pequena rodela é só o primeiro álbum dos Switchtense, denominado "Confrontion Of Souls", contendo 11 furiosos e demolidores temas de Thrash-Hardcore, na veia de uns Pantera, Lamb of God ou Hatebreed.
Mais uma excelente produção do cada vez mais influente Daniel Cardoso, realçando ainda mais o poder sónico destes rapazes, deixando-nos completamente rendidos à primeira audição.
Uma excelente surpresa!

Kreator - "Hordes Of Chaos"

É impressionante, como é que os Kreator, depois da péssima fase dos anos noventa, conseguem entrar no novo milénio de uma forma demolidora, com três excelentes registos, sendo um deles um brilhante álbum ao vivo, "Live Kreation".
Depois de "Enemy of God" de 2005, este "Hordes Of Chaos" não foge à regra, e é só um dos melhores álbuns de Thrash deste milénio, sendo já um sério candidato a melhor do ano.
Destaque para a produção, que opta por uma linha mais crua, tornando o disco ainda mais agressivo, resultando numa espécie de "Pleasure To Kill" meets "Violente Revolution".
Faixas como "Hordes Of Chaos", "Warcurse", "Escalation", "Destroy What Destroys You" entre outras têm tudo para se tornarem clássicos.
Arrisco-me a dizer, que os Kreator são a melhor banda de thrash da actualidade, batendo até os Slayer. Que o digam aqueles que estiveram no Sá da Bandeira...

Sepultura - "A-Lex"

Vamos directos ao assunto:
Este é o melhor álbum dos Sepultura desde o "Chaos A.D.", de 1993!
Como os mais informados já sabem, este é um disco conceptual, baseado no livro (e não no filme) "Laranja Mecânica".
Este álbum é a prova de que os Sepultura estão vivos e sobrevivem muito bem sem os irmãos Cavalera. Aliás, pessoalmente, considero "A-Lex" superior ao "Conquer" dos Soulfly (e, atenção, adorei esse álbum) e ao "Cavalera Conspiracy" dos CC (ainda não me convenceu, puro marketing...).
Nunca a voz de Derrick Green soou-me tão bem, Jean Dolabella foi uma excelente aquisição, provando que Igor não é insubstituível e um Andreas Kisser em grande forma, com mais uma série de riffs memoráveis.
Temos aqui, tudo aquilo pelo qual a banda se tornou conhecida, a sua assinatura está em cada nota, e entre muitos pontos altos, quero destacar "Sadistic Values", um tema fabuloso, uma grande performance de Derrick, com uma bateria e um riff marcante, impossível de ser feito na fase de Max.
Esqueçam a reunião (porque será que só o Max tem intere$$e ne$$e negócio?), ouçam este álbum sem preconceitos, vão-se surpreender...
Parafraseando alguém "se esperam um "Arise II", esqueçam. Das duas uma: cresçam com a banda ou então vão ouvir os discos antigos, escritos há 20 anos...".